1780 – São avaliados neste ano, a 19 de abril, pelos avaliadores nomeados Manoel de Souza Machado e Alexandre Ferreira de Jesus, mestres carpinteiros; Francisco de Paula e Tomás de Vila Nova, mestres pedreiros, assim também por João Trancoso da Silva e Manoel_de_Jesus_Brandão, todas as terras, estes dois juramentados a 23 do mesmo mês de Abril. Foi, pois, ordenada por Carta Régia do Vice-Rei Marquês de Lavradio e datada de Salva-terra de Magos em 4 de Março de 1773, a avaliação de todos os bens que no Brasil pertenceram aos Padres da Companhia e especialmente os desta capitania; tendo escrito uma Carta o Marquês de Pombal ao Marquês de Lavradio, é somente neste mesmo ano de 1780 feita a definitiva avaliação destes bens perante o Ouvidor e Corregedor Geral da Comarca da capitania do Espírito Santo, Dr. Manoel Carlos da Silva Gusmão, servindo de Escrivão Manoel Alfradique de Souza. Foram assim vistas e avaliadas diversas casas e terrenos, entre elas a casa n° 290 na rua do Colégio, hoje Afonso Bras, junto ao muro do Colégio, e que vai para a rua do Egito no local hoje da casa do Capitão Martinho Simplício Jorge dos Santos, que fazia paredes com as casas dos herdeiros de Manoel da Rocha que havia falecido e fora da Serra; um lanço de chãos na mesma rua para o Porto do Egito, hoje ladeira do Egito; outro lanço de chãos juntos ao muro da cerca do mesmo Colégio em direção ao mesmo porto, junto às casas do pardo Luis Vareiro; outro lanço de chãos sitos na rua do Colégio, para a parte de baixo em frente à portaria do mesmo Colégio e que descia para o Trapiche, onde está hoje a casa que foi do negociante Francisco Pinto de Oliveira, e entestava com as casas do padre Francisco Xavier de Jesus, que fora Irmão e discípulo dos Jesuítas; outros chãos nos fundos do último, fazendo canto na mesma rua e frente para a travessa de Frei Jorge, hoje rua da Imprensa, com o n° 211 e que dividia-se com casas de Ana Maria Pereira; outros chãos na ladeira do Defunto Vigário da Vara, em direção à rua da Praia, hoje Duque de Caxias, em frente ao Porto dos Padres, o qual era entre a casa da viúva Resendo e casa do Dr. Florêncio Francisco Gonçalves, onde por muito tempo existiu um porto de embarque, podendo ainda ver-se hoje as ruínas de uma rampa e escada de pedra; um lanço de chãos em que erigiu casa Jose da Silveira, com foro, n° 54, confinando com o Trapiche dos Padres e casas de Maria Nunes; um lanço de chãos em que erigiu casa a preta forra Rosa Maria, com o n° 51 na rua que ia do Trapiche para a rua de São Francisco, dividindo com casas de Francisco Rodrigues Lima e o beco que medeia com o mar, e que teve o nome de ladeira do Padre Ignacio, hoje ladeira da Misericórdia; outros chãos defronte da enfermaria dos Padres e que mediava com a preta forra Rosa Maria e chãos em que estava construindo casa Teodósio de Lírio; uns chãos em que está ereta a casa que foi de Francisco Jose e depois do pardo forro Francisco dos Santos, ao lado da de Antonio dos Santos, sito no pasto pertencente aos Padres; esta casa e mais três que este Francisco dos Santos e Antonio dos Santos possuíam eram feitas no antigo Seminário construído pelo Padre Afonso Bras, e na quina da rua do Egito em frente à ladeira, cujas ruínas de alicerces ainda se vêem, a qual tinha o n° 574; outros chãos em que está a casa de Antonio dos Santos n° 573, ao lado da de Francisco dos Santos; outros chãos em que está outra casa de Antonio dos Santos n° 572, no mesmo local do Sítio chamado do Egito, e que ainda tinha outra de n° 571, cujos chãos foram avaliados, os quais eram unidos aos dos herdeiros de Anacleta Rangel; outro lanço de chãos sito na rua do Carmo n° 618 e que de um lado unia com herdeiros de Francisco da Fraga e em frente aos de Joana de Lírio; outros chãos sitos na rua que desce da Matriz para a Praia, e no qual se podiam fazer duas casas, e que era unido às casas térreas do Condestável Torquato Martins de Araujo, que ainda seus herdeiros os possuem bem como casas no mesmo local; outros chãos onde havia pilares dividindo com chãos do Colégio e casas arruinadas n° 171 chamadas da Pedra, cujo local ainda até hoje conserva o nome de Pedra do Bode; outros chãos em que existiu a casa térrea chamada da Pedra, com pilares arruinados e n° 172 e que faziam quina com a rua da Praia. [27]
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